06/11/07

A Cidade Flutuante - 2. É uma lâmina de sombra

É uma lâmina de sombra
o que no punho te arde.
E entre a luz da candeia
há palavras e silêncios,
um trepidar de corpos,
as vestes abandonadas
sobre a cama como uma teia.

Frios são os teus segredos,
o pulsar do coração
e as flores mortas à míngua
a caírem-te de entre os dedos.

[JCM. A Cidade Flutuante, 1993/2007 ]

Sem comentários: