Avaliação da experiência Kindle 2
Vamos lá, então, a uma avaliação (parece que se vive num tempo de avaliações) da experiência de leitura no Kindle 2, o eReader da Amazon. Escolheram-se quatro categorias. Manuseamento, Leitura, Livros disponíveis e Trabalho. Deixaram-se de lado questões técnicas como o carregamento da bateria ou a audição dos textos (ainda não experimentei esta possibilidade).
Manuseamento. O Kindle manuseia-se bastante bem, é leve, permite a leitura nas mais diversas situações. A princípio estranha-se o “virar” da página. A tendência é repetir o gesto mecânico inerente aos livros em papel, mas rapidamente nos habituamos a carregar nos botões (PREV PAGE e NEXT PAGE) ergonomicamente situados. A desvantagem reside em ser mais difícil e moroso saltar páginas. Há acesso a um menu que permite ir para um índice, mas muitos dos e-books disponíveis gratuitamente não possuem o índice operativo, isto é, que permite clicar na indicação do capítulo e aparecer no local onde o capítulo se inicia. Nos livros comprados (foram dois) para Kindle, na Amazon, os índices funcionam. Também noutros e-Books gratuitos esses índices funcionam, mas não em todos. O menu permite também ir para determinada localização (location) do livro, mas é necessário saber para onde se quer ir. A sensação ao tacto do aparelho não é desagradável, mas não é papel. É fria e metálica. É também escorregadia, por isso recomendo a compra de uma capa de cabedal. Torna o Kindle mais pesado, mas protege o ecrã e evita que o aparelho escorregue das mãos. Já apanhei, por sorte, o meu no ar, quando experimentava ler sem capa protectora. O miniteclado para introduzir notas e fazer pesquisa é trabalhável. Não estamos a falar de um computador, mas de um livro que permite fazer anotações nele e a partir dele.
Leitura. Incomparavelmente melhor e menos cansativa do que num bom monitor de computador, apesar do ecrã ser pequeno. Tem a vantagem de apresentar seis tamanhos de caracteres à escolha, que vão desde os caracteres para os que vêem bem de mais até aos que precisam de caracteres bem grandes por verem bem de menos. Permite também escolher o número de palavras por linha. Além disto, que para mim é muito mas que encontro no computador, refira-se a qualidade do ePaper e da eInk. De facto, a relação entre o preto dos caracteres e a cor de fundo (que não sei designar) do “papel” é bastante agradável. Não há contrastes que firam a vista. A leitura é, na minha óptica, melhor no Kindle que em papel. Esta é uma grande arma deste tipo de aparelhos relativamente ao iPad, por exemplo. Não sendo retro-iluminado, o Kindle comporta-se como um livro normal. Precisa de luz exterior para ser lido. Ao desaparecer aquele brilho dos monitores de computador a vista é poupada.
Livros disponíveis. Na Amazon.com há mais de 300 mil livros à venda para Kindle, livros com codificação própria e só legíveis no Kindle. Essencialmente em inglês, mas abrangendo um leque alargado de interesses. Há outros sites que vendem também livros que o Kindle lê. Como disse num post anterior, existem milhares de livros gratuitos que o Kindle lê. Os nossos próprios textos podem ser transformados em ebooks lidos pelo Kindle. Mas o universo de livros disponíveis, nas várias línguas, irá crescer exponencialmente nos próximos anos. Os livros em PDF apresentam algumas dificuldades de leitura. Não é possível fazer zoom sobre eles. No entanto, esses livros, se não forem em imagem mas em texto, podem ser convertidos para linguagem que o Kindle lê normalmente, e por isso permite fazer zoom sobre eles. Também os jornais podem ser lidos no Kindle. O Público já está disponível por cerca de 14 dólares mensais.
Trabalho. Vantagens: podemos escrever anotações, colocar bookmarks, sublinhar. Podemos também pesquisar por palavras ou expressões. Esta é uma grande vantagem. Desvantagens: os livros comprados na Amazon.com para Kindle não permitem fazer scanner sobre eles para os trabalhar no computador (uma técnica que utilizo bastante em textos difíceis, para os analisar). Os outros livros disponíveis na internet, mesmo em linguagem legível por Kindle, permitem através de um programa denominado Calibre, fazer conversão para .pdf ou para .rtf e .txt, formatos que o Word lê. Depois é só trabalhar a parte que se quer e acompanhar a leitura no Kindle. Problemas: os livros comprados na Amazon.com não têm páginas idênticas aos livros em papel. Isto levanta um problema em trabalhos académicos, nomeadamente na localização de citações. No entanto, os ebooks têm aquilo que se chama “locations”. Por exemplo, o livro que estou a ler tem 2471 locations e vou na location 632-37. Isto permite referenciar a citação. Não sei, nem procurei, se existe já alguma norma de referência bibliográfica que contemple os ebooks.
Nota final. Um ebook é um óptimo instrumento de trabalho. Poupa a floresta, evita o crescimento desmesurado das estantes numa casa, é amigo do leitor. É possível, porém, que se esteja apenas no início de uma nova forma de conceber o livro.
Manuseamento. O Kindle manuseia-se bastante bem, é leve, permite a leitura nas mais diversas situações. A princípio estranha-se o “virar” da página. A tendência é repetir o gesto mecânico inerente aos livros em papel, mas rapidamente nos habituamos a carregar nos botões (PREV PAGE e NEXT PAGE) ergonomicamente situados. A desvantagem reside em ser mais difícil e moroso saltar páginas. Há acesso a um menu que permite ir para um índice, mas muitos dos e-books disponíveis gratuitamente não possuem o índice operativo, isto é, que permite clicar na indicação do capítulo e aparecer no local onde o capítulo se inicia. Nos livros comprados (foram dois) para Kindle, na Amazon, os índices funcionam. Também noutros e-Books gratuitos esses índices funcionam, mas não em todos. O menu permite também ir para determinada localização (location) do livro, mas é necessário saber para onde se quer ir. A sensação ao tacto do aparelho não é desagradável, mas não é papel. É fria e metálica. É também escorregadia, por isso recomendo a compra de uma capa de cabedal. Torna o Kindle mais pesado, mas protege o ecrã e evita que o aparelho escorregue das mãos. Já apanhei, por sorte, o meu no ar, quando experimentava ler sem capa protectora. O miniteclado para introduzir notas e fazer pesquisa é trabalhável. Não estamos a falar de um computador, mas de um livro que permite fazer anotações nele e a partir dele.
Leitura. Incomparavelmente melhor e menos cansativa do que num bom monitor de computador, apesar do ecrã ser pequeno. Tem a vantagem de apresentar seis tamanhos de caracteres à escolha, que vão desde os caracteres para os que vêem bem de mais até aos que precisam de caracteres bem grandes por verem bem de menos. Permite também escolher o número de palavras por linha. Além disto, que para mim é muito mas que encontro no computador, refira-se a qualidade do ePaper e da eInk. De facto, a relação entre o preto dos caracteres e a cor de fundo (que não sei designar) do “papel” é bastante agradável. Não há contrastes que firam a vista. A leitura é, na minha óptica, melhor no Kindle que em papel. Esta é uma grande arma deste tipo de aparelhos relativamente ao iPad, por exemplo. Não sendo retro-iluminado, o Kindle comporta-se como um livro normal. Precisa de luz exterior para ser lido. Ao desaparecer aquele brilho dos monitores de computador a vista é poupada.
Livros disponíveis. Na Amazon.com há mais de 300 mil livros à venda para Kindle, livros com codificação própria e só legíveis no Kindle. Essencialmente em inglês, mas abrangendo um leque alargado de interesses. Há outros sites que vendem também livros que o Kindle lê. Como disse num post anterior, existem milhares de livros gratuitos que o Kindle lê. Os nossos próprios textos podem ser transformados em ebooks lidos pelo Kindle. Mas o universo de livros disponíveis, nas várias línguas, irá crescer exponencialmente nos próximos anos. Os livros em PDF apresentam algumas dificuldades de leitura. Não é possível fazer zoom sobre eles. No entanto, esses livros, se não forem em imagem mas em texto, podem ser convertidos para linguagem que o Kindle lê normalmente, e por isso permite fazer zoom sobre eles. Também os jornais podem ser lidos no Kindle. O Público já está disponível por cerca de 14 dólares mensais.
Trabalho. Vantagens: podemos escrever anotações, colocar bookmarks, sublinhar. Podemos também pesquisar por palavras ou expressões. Esta é uma grande vantagem. Desvantagens: os livros comprados na Amazon.com para Kindle não permitem fazer scanner sobre eles para os trabalhar no computador (uma técnica que utilizo bastante em textos difíceis, para os analisar). Os outros livros disponíveis na internet, mesmo em linguagem legível por Kindle, permitem através de um programa denominado Calibre, fazer conversão para .pdf ou para .rtf e .txt, formatos que o Word lê. Depois é só trabalhar a parte que se quer e acompanhar a leitura no Kindle. Problemas: os livros comprados na Amazon.com não têm páginas idênticas aos livros em papel. Isto levanta um problema em trabalhos académicos, nomeadamente na localização de citações. No entanto, os ebooks têm aquilo que se chama “locations”. Por exemplo, o livro que estou a ler tem 2471 locations e vou na location 632-37. Isto permite referenciar a citação. Não sei, nem procurei, se existe já alguma norma de referência bibliográfica que contemple os ebooks.
Nota final. Um ebook é um óptimo instrumento de trabalho. Poupa a floresta, evita o crescimento desmesurado das estantes numa casa, é amigo do leitor. É possível, porém, que se esteja apenas no início de uma nova forma de conceber o livro.
2 comentários:
Hum...Interessante saber, mas não me convence (sei que não nos queria convencer, Jorge Carreira Maia, e agradeço toda a informação, claro!):)
Gosto do virar da página, de colocar marcadores ou mesmo rabiscar se me quero lembrar de alguma citação, gosto do papel, bíblia ou celofane, gosto do cheiro dos livros, velhos e novos, gosto que as estantes vão aumentando cá em casa (arranja-se sempre mais um canto!) e não são os livros que destroem as florestas. Enfim, creio que o Kindle veio para ficar, mas acontecerá o mesmo que com os fósforos e o isqueiro: quando este não tem gas, lá vamos ao fósforo...ou utilizar-se-ão em simultâneo...enfim, é uma maquineta gira, mas, para mim, não passa disso. Boas leituras!
É claro que esta é uma tecnologia garantida.
não força as vistas, eu consigo carregar varios megabytes de informação e o peso do equipamento(livro) é o mesmo.
estamos vendo surgir a era da prateleira de um livro só (isto dá samba hein)
concordo que a tecnologia tem que evoluir muito e claro sempre teremos os que usaram livros assim como ocasioes onde só um bom livro pode ser util (embora eu não consiga imaginar nenhuma aiuhauihauihaiuha)
chega de comprar livros a um alto custo.
chega de ter que depender de um grade e doloroso protocolo para publicar um livro.
já estou economizando pra comprar o meu.
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