Moisés David Ferreira - Reencontro XVIII
(trabalhar no decalque de uma labareda,
a manhã um violino trespassando
as marés de simulacros.
e a garganta, presa a uma cascata,
de repente a já não poder mais:
arrancando ao som um acordo visceral, impetuoso –
e braços, pernas, cabelos todos
de regresso a um principiar de mundo,
vogais sem leme, sob o inexorável
recuo da boca, achando
o arquipélago final –
tantas vezes afundado no
sujo lacre da lucidez.)
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