04/03/09

A crise contínua


Na Alemanha, o professor Cavaco Silva alertou para a necessidade de ser muito eficaz na resolução da actual crise, caso contrário, novas e mais graves crises se perfilarão no horizonte. Cavaco diz a que prioridade deverá ser “minimizar as consequências de escassez de crédito e restaurar a confiança nos mercados financeiros”. Acrescentou que "restringir de forma explícita ou implícita, o grau de abertura das economias será uma resposta tão contraproducente em termos económicos, como perigosa em termos políticos”. Mas como conseguir este duplo milagre?


Por tudo isto, as pessoas podem começar a perceber a realidade do que vem aí. Mais e mais desemprego, volatilização das classes médias, a manutenção da tendência globalizadora, o que implicará a subsquente baixa dos salários devido à concorrência das hiper-potências demográficas. E talvez tudo isso não passe de um cenário idílico. Nada, neste momento, nos garante de que não vai ser bem pior, que as tais crises mais graves de que fala o Presidente da República não sejam mesmo a realidade futura, mesmo que se aja bem, segundo o paradigma de Cavaco Silva. Talvez a crise contínua seja o destino próximo do Ocidente.

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