A crise contínua
Na Alemanha, o professor Cavaco Silva alertou para a necessidade de ser muito eficaz na resolução da actual crise, caso contrário, novas e mais graves crises se perfilarão no horizonte. Cavaco diz a que prioridade deverá ser “minimizar as consequências de escassez de crédito e restaurar a confiança nos mercados financeiros”. Acrescentou que "restringir de forma explícita ou implícita, o grau de abertura das economias será uma resposta tão contraproducente em termos económicos, como perigosa em termos políticos”. Mas como conseguir este duplo milagre?
O Dr. Silva Lopes esclareceu a natureza da coisa: o congelamento dos salários “normais” e a redução dos mais elevados, para apoiar os desempregados.
Por tudo isto, as pessoas podem começar a perceber a realidade do que vem aí. Mais e mais desemprego, volatilização das classes médias, a manutenção da tendência globalizadora, o que implicará a subsquente baixa dos salários devido à concorrência das hiper-potências demográficas. E talvez tudo isso não passe de um cenário idílico. Nada, neste momento, nos garante de que não vai ser bem pior, que as tais crises mais graves de que fala o Presidente da República não sejam mesmo a realidade futura, mesmo que se aja bem, segundo o paradigma de Cavaco Silva. Talvez a crise contínua seja o destino próximo do Ocidente.
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