À procura de um lugar
Afinal Alberto João Jardim ainda não pôs completamente de parte uma candidatura à presidência do PSD e Santana Lopes, como se esperava, está mais uma vez disponível para o combate. O PSD sempre foi assim, um partido cheio de gente disponível para se candidatar, seja lá por que motivo for. Não falta gente por ali que se acha capaz de mandar na agremiação e, por milagre, pôr a mão no poder. A experiência de Santana Lopes na Câmara de Lisboa e no governo não molestou a fé dos adeptos na sua capacidade para governar e, descobre-se agora, Alberto João Jardim já não é aquele político incómodo, que diz umas larachas para irritar a esquerda, mas que toda a gente acha que está muito bem longe, na Madeira.
Há um PSD que não tem vergonha, mas que acima de tudo tem uma indisfarçável sofreguidão pelo poder. Santana Lopes ou Jardim são bons porque parece que são umas máquinas a ganhar eleições. Que sejam risíveis enquanto governantes nacionais, isso já não conta. Longe vão os tempos em que Sá Carneiro dizia que em primeiro lugar vinha o país, depois a democracia, por fim a social-democracia, isto é, o partido. Agora, em primeiro lugar, vem um ego disforme (seja o de Menezes, o do menino-guerreiro ou o do senhor da Madeira), depois o partido. Quanto à democracia e ao país, logo se há-de arranjar qualquer coisa. O problema é que esta é a gente que está sintonizada com o espírito do tempo.
Há um PSD que não tem vergonha, mas que acima de tudo tem uma indisfarçável sofreguidão pelo poder. Santana Lopes ou Jardim são bons porque parece que são umas máquinas a ganhar eleições. Que sejam risíveis enquanto governantes nacionais, isso já não conta. Longe vão os tempos em que Sá Carneiro dizia que em primeiro lugar vinha o país, depois a democracia, por fim a social-democracia, isto é, o partido. Agora, em primeiro lugar, vem um ego disforme (seja o de Menezes, o do menino-guerreiro ou o do senhor da Madeira), depois o partido. Quanto à democracia e ao país, logo se há-de arranjar qualquer coisa. O problema é que esta é a gente que está sintonizada com o espírito do tempo.
1 comentário:
É isso, é o bom Alberto que vai salvar a pátria «perdutta»! E, claro, vamos todos passar a falar «madeirense». Atenção, defensores do (des)acordo ortográfico, vem aí o salvador da pátria impor por cá o que cá não se faz, ou seja, boa política, a favor do povo, do demos! Vamos todos passar a ganhar mais de cinco mil euros por mês, vai haver um posto de urgência em cada esquina, o desemprego--o que é isso?--desaparece do mapa peninsular e insular, não vai haver mais despedimentos, nem individuais nem em massa, os chineses vão desaparecer por completo das nossas ruas, os professores vão ser--finalmente--respeitados e nem um ficará a recibos verdes, o «eduquês» --o que é isso?--passará à história, o Sporting e o benfica vão começar a ganhar jogos como antigamente, a Carolina Salgado vai fazer a spazes com o Pinto da Costa, os canais d etelevisão portugueses passarão a passar somente bom cinema bom teatro e boa ópera para os trabalhadores, à boa maneira wagneriana, e...vamos todos ser muito felizes, tão felizes que nunca mais quereremos eleições, pois chegoue ELE, o rei, o Messias, o nosso querido D. Sebastião! Ah, pois, só precisamos de uma manhãzinha de nevoeiro...E ELE, Alberto, O Magno, virá! Ai Portugal, Portugal, do qué que estás à espera? (dizia o Jorge Palma)...
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