24/04/08

Jornal Torrejano, 25 de Abril de 2008

Nova edição on line do Jornal Torrejano. Para primeira página, a condizer com o dia de saída, temos a referência inevitável ao 25 de Abril: Abril, festas mil. Uma grande fotografia da primeira manifestação e toda a ingenuidade da aprendizagem da democracia está ali especada a olhar para nós e para o nosso cansaço. Referência para o Teatro da Meia Via e a estreia de Felizmente há luar. Referência, também, para o Coral Sinfónico de Portugal e a apresentação, no Teatro Virgínia, da Missa em Fá Menor, de Anton Bruckner.

Na opinião comece-se pelo habitual cartoon de Hélder Dias. José Ricardo Costa escreve Badajoz em Abril, Santana-Maia Leonardo, Liberdade sem medo, Jorge Salgado Simões, Outra vez a fome, Carlos Nuno, E o futuro?, Carlos Henriques, Sporting goleado pelo último. Por fim este blogger escreve As quatro estações do 25 de Abril.

Não havendo mais a tratar, encerra-se este post com a esperança de haver mais notícias do Jornal Torrejano já para a próxima semana.

Acabe-se então com o poema belíssimo de Sophia de Mello Breyner Andresen, também na primeira página do JT:

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen

1 comentário:

maria correia disse...

«...e livres habitamos a substância do tempo.» Frase em grande de Sophia de Mello Breyner Andresen...talvez, sim, talvez esse 25 de Abril longínquo nos tenha dado a possibilidade de habitarmos, livres, a substância do tempo...pelo menos, nessa época, habitámo-la. Eu habitei-a e sonhei como nunca sonhara. Todos os impossíveis eram possíveis...mesmo na prática. Hoje, o «viver a subsância do tempo» é algo mais de mental ou espiritual do que propriamente real. A matéria em que se transformou «aquela» substância do tempo é opaca, está para além das nuvens, das «nuages qui passent» de Baudelaire...e como «aquela» substância do tempo se afastou do real, prefiro olhar as nuvens...mesmo enquanto trabalho.À procura, talvez, «daquela» substância do tempo.