17/04/08

Peter Sloterdijk - "A filosofia e a escola"

É a razão pela qual o caminho do pensamento, no sentido forte do termo, passa unicamente por aquilo que a tradição religiosa nomeia como o temor e o tremor, ou o que a linguagem política do século XX chama estado de excepção. A filosofia, concebida como uma meditação do estado de excepção, é na sua consequência última uma dimensão anti-escolar. Já que a escola incarna o interesse pelos estados normais, ela tem mesmo, e justamente, uma orientação anti-filosófica, mesmo quando pratica a filosofia como disciplina. No seu estado escolar, a filosofia deve dar a ilusão de uma normalidade que ela não pode revestir na medida onde se a concebe na sua acepção ambiciosa. [Peter Sloterdijk (2000). La Domesticationde L'Être. Paris: Mille et Une Nuits]

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