Escola, o caminho da indigência
Anda tudo muito agitado por causa do entendimento entre sindicatos e Ministério da Educação acerca da avaliação de 7 mil professores, ainda este ano. O grave de tudo isto não é se essa avaliação é séria, não o é, ou se houve vencedores e derrotados, claro que houve. O grave de tudo isto é que o Ministério da Educação conseguiu, durante três anos, desviar os olhos da opinião pública e da opinião publicada, mesmo da blogosfera, do essencial. Três anos a perseguir os professores e a facilitar a vida aos alunos, três anos de propaganda política e de conflitos inúteis, desviaram a atenção do problema central: que escola pública queremos ter? Esta é a discussão que o governo não quer fazer. A sua agenda, com a retórica da sociedade do conhecimento, não lhe permite dizer aos portugueses ao que vem. E aquilo que ele quer para os filhos das famílias que não têm acesso ao ensino privado é tenebroso: uma escola de faz de conta, com professores transformados em burocratas, é o caminho para a perpetuação da pobreza e da indigência. No fundo, durante três anos apenas foi importante uma coisa para este governo: abrir o caminho para a indigência e a irresponsabilidade das futuras gerações, a consumação do niilismo. Apetece dizer como o outro, parabéns à prima.
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