Ministra da Educação: chumbar é facilitismo
A senhora ministra da educação terá dito, numa entrevista publicada hoje no Correio da Manhã (versão papel), “os chumbos são uma forma de facilitismo para resolver os problemas dos alunos com dificuldades, porque os deixa entregues a si mesmos.” (ver resumo aqui) Mais uma vez a ministra atira para cima dos professores o ónus da situação. A existência de uma cultura anti-escolar por parte de muitos alunos e respectivas famílias, as medidas absolutamente delirantes dos múltiplos gabinetes ministeriais, os currículos desadequados a muitos alunos, nada disso tem importância. A única coisa que interessa é atingir, mais uma vez e de forma sórdida, a honorabilidade dos professores. A senhora ministra, mal sai do controlo dos “spin doctores” partidários e fica entregue a si mesma, mostra bem a quem se dirige o seu ódio de estimação. Mas, como nas sociedades totalitárias, não resiste a perverter a linguagem. O facilitismo é agora “chumbar” alunos. Passá-los sem saberem nada, apesar de esforços desperados de muitos professores, isso não é facilitismo. Isso é ser um excepcional professor. Quantos alunos, no ISCTE, terá a senhora ministra, enquanto professora, abandonado à sua sorte?
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