Rodrigo Constantino
Para hoje, um blogue brasileiro. Tem o nome do seu proprietário, Rodrigo Constantino. É uma blogue de intervenção política e de divulgação da perspectiva liberal. Como se nota por muitas das minhas intervenções, não partilho por completo da visão liberal da sociedade. Mas vale a pena ler o que Rodrigo Constantino vai escrevendo, a divulgação de autores liberais e conservadores, a explicação interventiva das posições do liberalismo. Há coisas que me deixam arrepiado, como por exemplo no post de ontem dedicado a Karl Popper, onde se diz sem uma tremura na consciência “O livro [A Sociedade Aberta e os seus Inimigos, de Popper] faz um ataque contundente a Platão, assim como uma análise mortal de Hegel e Marx.” Não é presunção a mais por parte de Popper e dos liberais o ataque mortal a Platão e a Hegel? Mesmo a Marx? Quando já ninguém se lembrar de Popper, ainda se lerá Platão e Hegel, talvez Marx. Mas esta é a cartilha liberal. Seja como for, vale a pena passar por lá e ler. Aprende-se sempre, aliás como com os autores liberais e o seu devaneio sobre a racionalidade geral dos seres humanos.
1 comentário:
Vamos lá ver o seguinte.
Daqui a muitos anos, quando já ninguém se lembrar de quem foi Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria de Lurdes Pintassilgo, José Sócrates,António Guterres ou Durão Barroso, ir-se-á continuar a falar de Salazar.
Daqui a muitos anos, quando ninguém se lembrar de quem foi Churchill, De Gaulle, Putin, Gorbachov, Hitler e Estaline continuarão a ser nomes fazendo parte da cultura geral de qualquer cidadão.
Uns foram maiores, outros foram pequenos. Só que os pequenos, apesar de o serem, governaram em democracia e terão feito melhor, apesar de todos os erros e limitações, pelos seus países, do que os outros.
Estive a reler, há dias, o livro III da República, o tal que Platão, singelamente, manda os poetas irem dar uma volta ao bilhar grande.
Pois, fiquei horrorizado, e a primeira coisa que me veio à cabeça, foi precisamente a "Sociedade Aberta..." do Popper.
Claro que daqui a uns anos já ninguém se irá lembrar de Popper. Resta saber se é preferível ser esquecido, a ser lembrado pelos piores motivos.
Abraço,
JR
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