30/10/07

Escutas telefónicas

A questão das escutas telefónicas é o retrato fiel do país. Estão, segundo diz o Procurador-Geral da República, sem controlo. Qualquer um pode escutar quem lhe apeteça. Mas o apavorador é aquilo que isto esconde: um povo que presta muito pouca atenção à liberdade e à privacidade. Nunca nos distinguimos por um amor excessivo pela liberdade e estamos sempre prontos para espreitar para a casa do vizinho. As escutas não são uma anormalidade, são o retrato hediondo da nossa normalidade.

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