Serviços públicos, privados e a irrelevância dos inquéritos
Leio isto no Diário de Notícias: «Três em cada quatro pessoas inquiridas entendem que a administração pública funciona "pior" ou "muito pior" do que o sector privado. Este é um dos resultados de um inquérito encomendado pelo Instituto Nacional de Administração (INA) à Universidade Católica, coordenado por Roberto Carneiro e que é hoje apresentado no V Congresso Nacional da Administração Pública (AP).» Para além da irrelevância da amostra (na televisão ouvi que tinham sido inquiridos 300 utentes), há a irrelevância do próprio estudo.
Se o Estado quer saber se funciona melhor ou pior do que o mundo das empresas privadas, então escolha uma amostra representativa de serviços públicos e de empresas privadas, escolha um conjunto de indicadores relevantes para o assunto, peça a uma entidade independente que faça o estudo o comparativo e publique os resultados. Isto seria sério,
Para que serve, neste caso, a opinião de 300 utentes? Mesmo que a amostra fosse fiável apenas diria com fiabilidade qual a opinião que os portugueses têm do assunto. Mas essa opinião não se pode confundir com a realidade. Espanta-me, ou talvez não, a irrelevância deste tipo de inquéritos.
A única coisa para que servem é para justificar algum ataque político, neste caso aos funcionários públicos, ou para propaganda do governo. De resto, é atirar a areia para os olhos dos contribuintes. Este tipo de coisas está na massa do sangue da gente que governa o país ou que quer vir a governar.
Se o Estado quer saber se funciona melhor ou pior do que o mundo das empresas privadas, então escolha uma amostra representativa de serviços públicos e de empresas privadas, escolha um conjunto de indicadores relevantes para o assunto, peça a uma entidade independente que faça o estudo o comparativo e publique os resultados. Isto seria sério,
Para que serve, neste caso, a opinião de 300 utentes? Mesmo que a amostra fosse fiável apenas diria com fiabilidade qual a opinião que os portugueses têm do assunto. Mas essa opinião não se pode confundir com a realidade. Espanta-me, ou talvez não, a irrelevância deste tipo de inquéritos.
A única coisa para que servem é para justificar algum ataque político, neste caso aos funcionários públicos, ou para propaganda do governo. De resto, é atirar a areia para os olhos dos contribuintes. Este tipo de coisas está na massa do sangue da gente que governa o país ou que quer vir a governar.
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