Uma noite de Verão
Cintilam ao longe as lâmpadas da noite, iluminam caminhos e terras que nem sei, deixam traços fugidios nas trevas exteriores. O manto negro que vela a terra reina despótico por onde quer que se estenda o olhar, esconde os segredos que o dia revelará, abriga, em seu seio, o ódio dos amantes desavindos. Um calor estival a tudo aquece, fustiga com o seu chicote de aço os corpos cansados, ávidos do frio que virá. Uma noite de Verão cai assim, louca e destemperada, sobre os dias que o Outono deveria dizer estes são os meus dias.
Sem comentários:
Enviar um comentário