Pedro Mexia - Senhor Fantasma
Há dias falei, a propósito da blogosfera, no poeta Pedro Mexia. Disse que não conhecia o seu trabalho poético, mas que estava convencido de andar a perder alguma coisa. Prometi que, na primeira oportunidade, compraria os seus livros. Apenas encontrei um, o último, Senhor Fantasma. Confirmei a intuição. Procurarei os outros livros. Dois exemplos da sua poesia:
NO MEIO DO CAMINHO
[decalque de Carlos Drummond de Andrade]
No meio do caminho havia uma pedra,
uma pedra no caminho, havia um coração
de pedra, um nome na pedra, pedro
sobre esta pedra, pedra por dentro.
No meio do caminho sempre essa memória
de pedra, a pedra a meio do caminho,
essa pedra no meio e quase fim do caminho.
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Ou então este belo poema:
Primeiro apaguei o frio,
depois a fogueira,
em seguida a lenha,
só não pude riscar da terra
o lugar onde estava sentado.
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O livro foi editado em 2007, pela Oceanos.
NO MEIO DO CAMINHO
[decalque de Carlos Drummond de Andrade]
No meio do caminho havia uma pedra,
uma pedra no caminho, havia um coração
de pedra, um nome na pedra, pedro
sobre esta pedra, pedra por dentro.
No meio do caminho sempre essa memória
de pedra, a pedra a meio do caminho,
essa pedra no meio e quase fim do caminho.
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Ou então este belo poema:
Primeiro apaguei o frio,
depois a fogueira,
em seguida a lenha,
só não pude riscar da terra
o lugar onde estava sentado.
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O livro foi editado em 2007, pela Oceanos.
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