O outro lado
"A Grécia é cada vez mais o epicentro do terrorismo na Europa - muito por culpa da hiperactividade de grupos de extrema-esquerda de inspiração anarquista ou marxista." A História ensina pouco aos homens. Sempre que as sociedades se desequilibram e se tornam excessivamente inigualitárias, a violência volta à cena política como um dos actores fundamentais. Os atentados que têm ocorrido na Grécia podem ser lidos de duas maneiras. A primeira, como uma especificidade grega. A segundo, como sinal dos tempos que esperam a Europa. Quando a classe dirigente europeia desistiu do projecto de construção de sociedades mais equilibradas, onde as desigualdades sociais existissem apenas na justa medida, estava-se a criar condições para que o terrorismo, algo que a Europa está muito longe de desconhecer, voltasse. Contrariamente ao que disse, em Fevereiro aquando de outro atentado, Michalis Chrysohoides, ministro grego responsável pela ordem pública, não é Cabul que deve servir de referência comparativa ao que se passa na Grécia. Basta olhar um pouco para trás e não faltarão exemplos na nossa boa e velha Europa. Estes atentados são apenas o outro lado das políticas que têm vindo a ser seguidas, uma espécie de negativo.
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