Da necessidade da conservação
Esta retórica da esquerda dá-me vontade de vomitar. Em primeiro lugar, pelo mero motivo que tende a diabolizar a conservação. Ser conservador, hoje em dia e num mundo tão perecível, é fundamental. As dinâmicas sociais introduzidas pelo capitalismo, entre elas a destruição das famílias, apelam a um pensamento conservador. Este não é reaccionário. Pelo contrário, pode até ser um lugar onde se faça frente à voragem introduzida pela vida económica. Em segundo lugar, não compreendo por que razão terá a esquerda de ser a favor do casamento homossexual, por que motivo terá ela de transformar uniões de facto numa espécie de casamento subreptício, por que há-de criar ainda mais condições para legitimar a pulverização das famílias tradicionais provocada pelo desenvolvimento capitalista? Nunca compreendi o fascínio da esquerda pelo niilismo das causas fracturantes. A esquerda ainda não percebeu que a sua grande função é conservar algumas das construções que a humanidade tem feito? O capitalismo, esse sim, é revolucionário. Vive da morte e da destruição que toda a inovação representa. Precisa de um contraponto e esse só o vejo num pensamento efectivamente conservador.
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