23/09/09

Social-democracia

Não sei o que se passa comigo, mas hoje estou destinado a estar de acordo com Louçã e Jerónimo de Sousa. É evidente que se o PSD ganhar as eleições não virá mal maior ao país do que se for o PS. Não voltaríamos ao fascismo - o que seria isso nos dias de hoje? - nem a uma situação de irrisão da democracia maior do que aquela em que se vive hoje. O papão do fascismo lançado pelos socialistas é tão credível quanto parece ser a história das escutas. Mas o que há a sublinhar é a natureza tão cordata, tão social-democrata, de Jerónimo de Sousa. No fundo, o regime é uma espécie de união nacional social-democrata, ora com tonalidades mais populares-cristãs, ora com pinturas mais marxistas, mas no fundo tudo gente cordata, amiga do Bernstein e do renegado Kautsky. Não quer dizer que uns não sonhem em ser liberais e outros revolucionários, mas a fazenda não dá para outro fato que não o social-democrata. Um dia destes, ainda veremos, com toda a naturalidade, o PCP e o BE no governo da nação. Acho que já faltou mais.

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