Sem esculturas...
Para além de perplexo, esta notícia do Sol deixou-me angustiado. As rotundas vão ter novas regras de construção, Deus meu. Para quê? Sim, para quê proibir a colocação de esculturas ali naquele espaço tão rotundo, tão ansioso por ser esculturado. Uma esculturazinha aqui, outra ali, ainda outra além, sem esquecer o mobiliário industrial, os barcos de quando havia pesca, o sempre louvável monumento ao bombeiro, a celebração do emigrante, talvez por ter ido daqui para fora e já não aborrecer ninguém, o passado agrícola da terra, enfim tudo o que Deus, em fase de ódio aos portugueses, deu à imaginação grandiloquente dos nossos autarcas. Mas agora, com esta medida tão pouco liberal de proibir que a rotunda sirva para enfeite das ruas, o que irão fazer os nossos autarcas? Que angústia! Como celebrarão eles a magnificência do seu mandato, a glória das suas pessoas, o excelso e inultrapassável sentido estético que um autarca traz sempre dentro de si. Queremos as esculturas de volta às rotundas, já! Uma rotunda sem escultura não passa de um cruzamento apaneleirado.
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