A morte do Professor
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«Acompanhei, ao longo da vida, uma transformação radical da forma como se olha o Professor. Do respeito pela sua figura, passou-se ao desprezo e, por fim, ao ódio ao que é a essência dum verdadeiro Professor: o amor ao saber, o gosto de ensinar, um espírito livre, independente e individualizado. Era este o tipo de Professor que os alunos admiravam e que fazia despertar vocações, descobrir mundos, abrir horizontes. Este Professor foi achincalhado, objecto de desprezo e, por fim, executado.
Políticos, sacerdotes da pedagogia, burocracia ministerial e até docentes, decidiram aniquilar a figura incómoda de um Professor livre, independente, orgulhoso da sua individualidade, amante do saber. Como? Transformando a escola num calvário burocrático, dando relevo aos procedimentos formais, fazendo crescer, ano após ano, o peso de inúteis reuniões e de actividades lunáticas, de relatórios infinitos, obrigando ao dito “trabalho de equipa” como se fosse uma virtude, desvalorizando o saber científico, o trabalho de sala de aula, a liberdade de ensinar, a responsabilidade individual, e acabando com os exames onde alunos e professores prestavam contas da sua actividade.
O que a ditadura não tinha conseguido fê-lo a democracia: destruir a figura do Professor através da paranóia pedagógica. Não quer, como professores, homens livres, mas burocratas! Por isso, transformou o Professor em pedagogo. Em Roma, o pedagogo era o escravo que levava as crianças à escola. O pedagogo actual também não ensina; toma conta da criançada, trabalha em equipa (o rebanho de escravos) sobre coisa nenhuma e faz relatórios das suas inúteis actividades. Os resultados escolares, cada vez piores, falam por si! Este processo idiota e degradante, porém, vai continuar sem fim à vista. O aluamento dos pedagogos do ministério não tem fim, o ressentimento dos burocratas é enorme, os políticos são inimputáveis e a insensatez desmedida. Portugal sempre odiou o saber!»
Políticos, sacerdotes da pedagogia, burocracia ministerial e até docentes, decidiram aniquilar a figura incómoda de um Professor livre, independente, orgulhoso da sua individualidade, amante do saber. Como? Transformando a escola num calvário burocrático, dando relevo aos procedimentos formais, fazendo crescer, ano após ano, o peso de inúteis reuniões e de actividades lunáticas, de relatórios infinitos, obrigando ao dito “trabalho de equipa” como se fosse uma virtude, desvalorizando o saber científico, o trabalho de sala de aula, a liberdade de ensinar, a responsabilidade individual, e acabando com os exames onde alunos e professores prestavam contas da sua actividade.
O que a ditadura não tinha conseguido fê-lo a democracia: destruir a figura do Professor através da paranóia pedagógica. Não quer, como professores, homens livres, mas burocratas! Por isso, transformou o Professor em pedagogo. Em Roma, o pedagogo era o escravo que levava as crianças à escola. O pedagogo actual também não ensina; toma conta da criançada, trabalha em equipa (o rebanho de escravos) sobre coisa nenhuma e faz relatórios das suas inúteis actividades. Os resultados escolares, cada vez piores, falam por si! Este processo idiota e degradante, porém, vai continuar sem fim à vista. O aluamento dos pedagogos do ministério não tem fim, o ressentimento dos burocratas é enorme, os políticos são inimputáveis e a insensatez desmedida. Portugal sempre odiou o saber!»
1 comentário:
É claro que não pode estar consumada - nem em vias disso - a morte do professor.
Mas que há uma grande volta a dar ao sistema agora implementado e ao CONSENTIDO... Isso, sim.
Quando o sistema "der o pio", voltando a pôr cada um em seu lugar (escola, professor, aluno, pais, auxiliares) e quando voltarmos a ter as crianças a beber com o leitinho das mamãs um pouco de educação...
Então, sim.
Mas é capaz de levar algum tempo.
Destruir é rapidíssimo. Construir já leva mais tempo.
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