Walt Whitman - O Captain! My Captain!
Walt Whitman
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Hoje um poema de Walt Whitman escrito em 1865, aquando do assassinato de Abraham Lincoln. O Captain! My Captain!
O Captain! my Captain! our fearful trip is done,
O Captain! my Captain! our fearful trip is done,
The ship has weather'd every rack, the prize we sought is won,
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring;
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up -- for you the flag is flung -- for you the bugle trills,
For you bouquets and ribbon'd wreaths -- for you the shores a-crowding,
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head!
It is some dream that on the deck,
You've fallen cold and dead.
My Captain does not answer, his lips are pale and still,
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will,
My Captain does not answer, his lips are pale and still,
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will,
The ship is anchor'd safe and sound, its voyage closed and done,
From fearful trip the victor ship comes in with object won;
Exult O shores, and ring O bells!
But I with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
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A tradução pessoal do poema de Walt Whitman, Ó Capitão! Meu Capitão! (aqui pode ler uma outra tradução do mesmo poema, da autoria de Maria de Lurdes Guimarães).
Ó Capitão! meu Capitão! a nossa terrível viagem está feita,
O barco cruzou cada tormenta, alcançámos o prémio desejado,
O porto está próximo, oiço sinos, o povo exulta,
Enquanto olhos seguem a quilha segura, o sinistro e audacioso navio;
Mas ó coração! coração! coração!
Ó as gotas vermelhas do sangue
No convés onde jaz o meu Capitão,
Caído, frio e morto.
Ó Capitão! meu capitão! levanta-te e ouve os sinos;
Levanta-te – por ti, agita-se a bandeira – por ti, toca o clarim,
Para ti ramos de flores e grinaldas com fitas – por ti, praias cheias de gente,
Por ti, chama a multidão ondulante, voltam-se os rostos ansiosos;
Aqui Capitão! querido pai!
Este braço debaixo da tua cabeça!
Será algum sonho que no convés,
Estejas caído, frio e morto.
O meu capitão não responde, os lábios estão pálidos e quietos,
O meu pai não sente o meu braço, não tem pulso nem vontade,
O barco ancorou seguro e incólume, a viagem está feita e acabada,
Da terrível viagem, o barco voltou, a meta alcançada;
Exultai, ó praias, e tocai, ó sinos!
Mas eu, com andar fúnebre,
Percorro o convés onde jaz o meu Capitão,
Caído, frio e morto.
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A tradução pessoal do poema de Walt Whitman, Ó Capitão! Meu Capitão! (aqui pode ler uma outra tradução do mesmo poema, da autoria de Maria de Lurdes Guimarães).
Ó Capitão! meu Capitão! a nossa terrível viagem está feita,
O barco cruzou cada tormenta, alcançámos o prémio desejado,
O porto está próximo, oiço sinos, o povo exulta,
Enquanto olhos seguem a quilha segura, o sinistro e audacioso navio;
Mas ó coração! coração! coração!
Ó as gotas vermelhas do sangue
No convés onde jaz o meu Capitão,
Caído, frio e morto.
Ó Capitão! meu capitão! levanta-te e ouve os sinos;
Levanta-te – por ti, agita-se a bandeira – por ti, toca o clarim,
Para ti ramos de flores e grinaldas com fitas – por ti, praias cheias de gente,
Por ti, chama a multidão ondulante, voltam-se os rostos ansiosos;
Aqui Capitão! querido pai!
Este braço debaixo da tua cabeça!
Será algum sonho que no convés,
Estejas caído, frio e morto.
O meu capitão não responde, os lábios estão pálidos e quietos,
O meu pai não sente o meu braço, não tem pulso nem vontade,
O barco ancorou seguro e incólume, a viagem está feita e acabada,
Da terrível viagem, o barco voltou, a meta alcançada;
Exultai, ó praias, e tocai, ó sinos!
Mas eu, com andar fúnebre,
Percorro o convés onde jaz o meu Capitão,
Caído, frio e morto.
1 comentário:
Que belo regresso, para mim, ao A Ver o Mundo,deparando-me com este fabuloso
O, Captain!My Captain!
Walt Whitman é um dos maiores poetas de sempre, eterno, resplandecente. Este
poema transcende a morte de Lincoln, pode evocar qualquer outro Captain que
Whitman tenha amado ou, e é isso essencialmente que o torna intemporal pois
a todos nos abarca, pode evocar um dos Captain que nos tenha abandonado,
impotentes, no convés debruçado para uma qualquer praia vibrante de vida,
num navio assolado pela palidez da morte de alguém querido.
Confesso que gostei da sua tradução, embora preferisse o verbo «erguer-se»
ao «levantar-se», na exortação ao retorno à vida. De facto, são «gotas de
sangue» e não «gotas sangrentas» como na tradução da outra tradutora...
Diria antes «será talvez um sonho» em vez de «será algum sonho», enfim...
Mas o Jorge Carreira Maia conseguiu transportar para a nossa língua este
poema vibrante, sofrido e intemporal de Whitman, uma autêntica pedra
preciosa com sabor a vento e mar e atodos os navios onde perdemos alguém
que amámos.
Obrigada!
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