14/09/09

Explicar a coisa mesma

Para o cidadão comum, a história do TGV é absolutamente esotérica. A multiplicidade de posições é uma coisa boa, mas os argumentos sobre essas posições ainda são mais obscuros e esotéricos do que a própria história do TGV(aqui, aqui e aqui). O que os eleitores gostariam de perceber mais claramente é a relação entre custo do empreendimento e o seu benefício, ou qual será o preço a pagar por não realizar a obra. O que se dispensa, claramente, é um conflito bacoco entre um nacionalismo serôdio e um pós-nacionalismo armado ao modernaço. Os dois grandes partidos do poder que expliquem o TGV em si e não façam discursos sobre princípios de filosofia política de trazer na algibeira. Importam-se de explicar a coisa mesma?

2 comentários:

maria correia disse...

O TGV é já o transporte do futuro entre países de todo o mundo. Não existir uma ligação de TGV Lisboa Madrid ou Badajoz é a mesma coisa que ficarmos todos sem internet em Portugal enquanto toda a Europa a usa. E por que razão não havemos de chegar a Madrid de comboio em poucas horas em vez de se gastar um dia inteiro? Detesto andar de avião e há milhares de espanhóis e portugueses cá e lá todas as semanas. Conheço vários que, por razões profissionais o têm de fazer.Os aeroportos são uma chatice, as low cost pior ainda. Quando se construiu o maravilhoso espaço da Expo 98, modernizando toda a área oriental de Lisboa, também foi o cabo dos trabalhos. Afinal, valeu a pena. Trata-se de ligar Portugal à Europa, por que razão agora este nacionalismo patético? Voltámos ao «orgulhosamente sós»?

José Trincão Marques disse...

A ligação Lisboa-Madrid para mim é óbvia.
Quanto à ligação Lisboa-Porto, tenho sérias dúvidas (o tempo que a alta velocidade pode poupar, talvez não justifique o investimento).