30/09/09
John Keats - Lines Supposed to Have Been Addressed to Fanny Brawne
This living hand, now warm and capable
Of earnest grasping, would, if it were cold
And in the icy silence of the tomb,
So haunt thy days and chill thy dreaming nights
That thou would[st] wish thine own heart dry of blood
So in my veins red life might stream again,
And thou be conscience-calm’d – see here it is –
I hold it towards you.
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Esta mão viva, agora quente e capaz
De ávida força, desejaria, se fria estivesse
No gélido silêncio do sepulcro,
Assombrar-te os dias e gelar-te o sonho nas noites,
Suplicarias para o sangue secar no teu coração.
Assim em minhas veias a seiva voltaria a fluir,
E amena seria a tua consciência – vê, ei-la aqui –
Prendo-a para ti.
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Ai Jesus
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O tempo dos profissionais
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Demonstrativos
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Novembro 2005: Crónica no Jornal Torrejano
Parece que o antecipadamente eleito Presidente da República começou a ter algumas ideias e vontade de as partilhar connosco. Depois de tanto silêncio, o Professor Cavaco começou a achar que um Presidente da República é mais do que um moderador da vida política. Pensa que pode ser um agente de desenvolvimento. Fiquei perplexo: os agentes de desenvolvimento não são a sociedade civil com a sua iniciativa e o governo com a sua política legislativa? Irá Cavaco, enquanto futuro Presidente da República, tornar-se, ao mesmo tempo, investidor, fundar empresas e criar riqueza para desenvolver o país? Nunca se lhe conheceu propensão para ser empresário e correr riscos, portanto não será isso que ele pretende.
Ora se não é isso, a única maneira de ser agente de desenvolvimento é interferir na vida da governação do país. É isto que me deixa perplexo. A legitimidade da governação cabe aos governos eleitos e não ao Presidente da República. Cogitemos que o Presidente da República entende, enquanto agente de desenvolvimento, desenvolver de uma determinada forma, mas o governo eleito, mandatado pelo portugueses para governar, acha que o desenvolvimento se deverá fazer de forma oposta.
Já imaginaram o bonito sarilho que as ideias do Professor Cavaco Silva podem provocar no nosso depauperado país? Dizer que um Presidente deve ser agente de desenvolvimento, no nosso sistema constitucional, pode ser o pontapé de saída para um conflito insanável em torno da governação. Esse conflito assentará no confronto entre duas maiorias – a governativa e a presidencial – que, possuindo legitimidade própria, embora para funções distintas, podem ser alavanca de conflitos muito sérios em Portugal. Será para isto que queremos eleger um Presidente da República?
Mas a minha perplexidade não fica por aqui. Se Cavaco Silva queria tanto ser agente de desenvolvimento, por que abandonou a governação? E quais os motivos que o levaram a não desenvolver o país quando era Primeiro-Ministro? E que motivos, com duas maiorias absolutas, o levaram a não tomar as decisões reformistas que Portugal, já na altura, tanto necessitava? E a magna questão da função pública, por que a criou ele? Não foi ele que deixou, para os futuros governos, uma situação completamente armadilhada? Não foi ele também que permitiu a proliferação indiscriminada de Universidades Privadas e de Institutos Politécnicos, cujo resultado é a baixa qualidade do ensino universitário e 60 000 licenciados no desemprego? E não foi ele que instituiu a Reforma Roberto Carneiro, que o actual governo segue religiosamente, e que destruiu o que restava de qualidade na escola portuguesa?
Cavaco Silva não pode falar. Pode fingir que fala. Mas sempre que deixar transparecer o que lhe vai na alma, os portugueses têm o súbito vislumbre de que podem estar a meter-se num grande sarilho.
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29/09/09
Foi para isto?
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A fragilidade de Cavaco
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No rés-do-chão?
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Notícias do liberalismo
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28/09/09
O Irão e Moscovo
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O oráculo de Delfos
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Grande vitória
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27/09/09
Resultado final
Sócrates: tivemos uma extraordinária vitória eleitoral.
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Eleições
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Lá não haverá bloco central
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Oráculos
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A 2 euros
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Dúvida para resolver lá pelas 20:00
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26/09/09
Eduardo Bento - O Nevoeiro dos Dias
Eduardo Bento, professor de Filosofia da minha escola, na condição livre de aposentado, lançou hoje, na Biblioteca Municipal de Torres Novas, a obra O Nevoeiro dos Dias (65 poemas). A edição é da Ponte Editora, uma aventura de Joaquim Cabral. Aqui fica, como símbolo e prova da qualidade do livro, o poema que me coube ler.
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NÓS
Lentos são os pássaros neste tempo apressado.
Buscam o leito seco dos rios.
E a aridez que conduz os pássaros
E os homens retardatários buscam
ainda algum abrigo,
em vão!
Não há porto, nem barco, nem água.
A secura apoderou-se das planícies.
Os sonhos mortos às portas da alegria
fenecem com as fúnebres corolas
que acompanham os mortos.
Somos nós os mortos
E trazemos na alma o esquecimento
do sereno crepúsculo, do som da fonte,
do regresso dos rebanhos.
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Vasco Pulido Valente - A música dos deuses
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Dia de reflexão
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25/09/09
Quem acreditará?
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Jornal Torrejano, 25 de Setembro de 2009
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Mau tempo no canal
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Truques e armadilhas
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Sem esculturas...
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24/09/09
Arruada
Qual a essência da campanha eleitoral? Essência, mas que palavra é essa? A essência é aquilo que faz com que uma coisa seja o que ela, é aquilo que determina a natureza de uma coisa. Assim, também uma campanha eleitoral tem, enquanto coisa que suportamos, a sua essência. Durante muitos anos ela esteve escondida, mas nesta campanha, mais do que em outras anteriores, a coisa manifestou-se, ou então era eu que estava mais absorto. A essência da campanha eleitoral é a arruada. Precipitado, o leitor pensa que eu vou estabelecer ligação entre arruada e arruaça. Não vou. Quem fomenta arruadas não gosta de arruaceiros, pelo contrário. Admira a ordem que subjaz na arruada.
Se se fizer uma pesquisa lexicográfica (isto é, se consultar um dicionário), não descobre, por enquanto, a entrada arruada (fui ver ao Porto Editora e ao Houaiss), mas descobre outras coisas. Por exemplo, o verbo arruar, com o sentido de projectar ruas ou de passear por elas. O substantivo arruador como aquele que projecta ou alinha ruas, também o que passeia pelas ruas. Mas há um outro sentido para o verbo arruar. Significa soltar mugidos, grunhir. Aqui começo a ficar preocupado. O momento alto a minha preocupação chega quando o dicionário Porto Editora me diz que arruadeira é mulher que gosta de andar na rua, e também prostituta. Aquilo que se queria significar quando se usava a expressão eufemística mulher pública.
Como as arruadas eleitorais não estão ligadas ao projectar de ruas, nem a um mero passeio sem intenções segundas pela rua, como por norma arruadeiros e arruadeiras gostam de gritar quando vão em arruada, temo seriamente que o campo semântico da arruada inscreva em si o nobre acto de grunhir ou de mugir daqueles que querem ser homens e mulheres públicos. A arruada, como essência da campanha eleitoral, é o sintoma da degradação da política. Na arruada homens e mulheres públicos trocam promessas por votos, num mercado onde o ruído dos grunhidos é excessivo. É isto que está por detrás das coreografias dos comícios, dos slogans martelados pelos líderes, das voltas ao país para arruar em tudo o que é sítio. Não há autoridade nenhuma que possa proibir o uso de certas palavras? Por uma questão estética, claro.
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O que se aproxima
Nova sondagem, agora com o método de simulação de voto em urna fechada. O PS ainda pode ter maioria absoluta? Pode, a sua campanha, altamente profissional, está num crescendo. O PSD acabou. Está atado à asfixia democrática, à demissão do assessor do Presidente, à ausência de uma alternativa política diferente da do PS, à obscuridade de um programa vazio, do qual as pessoas tiveram medo. Nem a prestação de Ferreira Leite nos Gatos Fedorentos lhe salva a alma. Bloco e PCP ficaram presos às nacionalizações. Essa história vai custar-lhe muitos votos. Pode ser que Paulo Portas salve a alma. Talvez lhe esteja reservado um papel maior do que os votos que terá. Como sempre, o PS, na altura dos votos, namora à esquerda, e na altura da governação deita-se com a direita, se precisar. Caso não precise, o onanismo basta-lhe. Um resumo das várias sondagens aqui.
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Geoffrey Hill . The Minor Prophets
and the Altar – something about dancing
or not dancing. No, weeping; but in the Bible
there’s só much about dance; often of ill omen;
the threats of scorched earth and someone who resembles
the Scorpion King. They should film Joel:
A fire devoureth before them; and behind
them a flame burneth.
Joel em particular; entre o Pórtico
e o Altar – qualquer coisa sobre dançar
ou não dançar. Não, o pranto; mas na Bíblia
há tanto sobre dançar; muitas vezes de mau presságio;
as ameaças da terra devastada e de alguém que parece
o Rei Escorpião. Deviam filmar Joel:
um fogo devorador à sua frente; e atrás
uma chama a arder.
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Afinal, foi o vate
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Sorrisos no Largo do Rato
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23/09/09
Social-democracia
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A crise mais grave
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Nunca mais acaba
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Xeque ao rei
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22/09/09
Não é verdade
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Duas questões
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21/09/09
Deveria estar grata
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Para quê?
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20/09/09
Irrelevância
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O astro
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19/09/09
Simónides de Céos
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Quem semeou ventos...
Postado por Jorge Carreira Maia à(s) 20:54 1 comentários
Jogos florais
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Confirmações
Postado por Jorge Carreira Maia à(s) 13:46 0 comentários
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As alternativas
Depois de ler este e-mail, não importa que já tenha 17 meses, e de ler isto, e mais isto, e ainda isto, para além das reacções dos partidos parlamentares e do próprio Público, parece que alguma coisa se está a passar. Ou temos um Presidente paranóico, e por isso deveria demitir-se, ou um governo perverso, que, sendo-o, deveria ser demitido, ou assessores e jornalistas com uma imaginação delirante, que, se asim for, deveriam ser despedidos. Ou então somos todos tontos, e o melhor será entregar isto a um agência internacional dedicada à protecção de animais de circo. Mas como tudo isto se passa em Portugal, quando acabar a batalha eleitoral, fortemente acintosa, como muito bem nota Vasco Pulido Valente, tudo acabará como se não tivesse acontecido nada.
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18/09/09
Um retrato do país
Postado por Jorge Carreira Maia à(s) 10:35 0 comentários