Ninguém escreve na noite
Edward Hopper - The Night Window, 1928
Ninguém escreve na noite
o rumor dos passos que te anunciam.
Por vezes vens leve e silenciosa
como se foras uma sépala negra
onde me recolho ao amanhecer.
Se o vento empurra ainda a cortina
não é para a luz dali sair,
mas para que as trevas cheguem
e cubram de cansaço o coração
antes que a morte o venha adormecer.
o rumor dos passos que te anunciam.
Por vezes vens leve e silenciosa
como se foras uma sépala negra
onde me recolho ao amanhecer.
Se o vento empurra ainda a cortina
não é para a luz dali sair,
mas para que as trevas cheguem
e cubram de cansaço o coração
antes que a morte o venha adormecer.
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