01/07/07

Bocage 06 - Tentativa de suicídio, combatida pelas lembranças da eternidade

Aquele a quem mil bens outorga o Fado,
Deseje, com razão da vida amigo,
Nos anos igualar Nestor, o antigo,
De trezentos invernos carregado.

Porém eu sempre triste, eu desgraçado,
Que só nesta caverna encontro abrigo,
Porque não busco as sombras do jazigo,
Refúgio perdurável e sagrado?

A! bebe o sangue meu, tosca morada;
Alma, quebra as prisões da humanidade,
Despe o vil manto que pertence ao nada!

Mas eu tremo!... Que escuto?... É a Verdade,
É ela, é ela que no Céu me brada…
Oh terrível pregão da Eternidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

interesting!