Música para o fim-de-semana: John Cage - A Firenze
A etiqueta Materiali Sonori editou, em 1993, o CD de hoje, John Cage – a firenze. O CD apresenta uma pequena entrevista com o compositor, e uma amostragem da sua música, tocada por diversos intérpretes (ver mais abaixo as faixas).
O compositor americano John Cage (1912 - 1982) é um dos mais importantes da vanguarda do século XX. Foi aluno de Arnold Schoenberg e, a partir da inspiração deste, Cage desenha o seu próprio caminho artístico, o qual vai muito para além da música, tocando a poesia e as artes plásticas. Enquanto músico, parte de uma ideia central: a música é som e silêncio. O silêncio não está para além da música, mas no seu núcleo central. A peça 4’ 33 (embora a duração da interpretação seja livre) é composta apenas pelo silêncio.
Inventor do piano preparado, muitas das suas peças para este instrumento remetem para a influência de Erik Satie, embora a linguagem seja, pelo menos em aparência, menos irónica do que a de Satie e marcadamente mais mecânica. O mundo, e aqui refiro-me ao mundo sonoro ou à sonoridade do mundo, em que viveu Cage é muito diferente daquele em que viveu Satie. Há toda uma sonoridade trágica em Cage que não encontramos em Satie.
Faixas: 1 - Interview With John Cage (edited by Michele Porzio); 2 - Solo For Voice 2: With Simultaneous Performance Of Solo For Piano; 3 - Winter Music: Two Pianos Version; 4 - Ryoanji: for double bass and tape; 5 - Variations 1: bass flute version; 6 - Two: for flute and piano; 7 - Music For Amplified Toy Pianos
Graças ao YouTube, aqui fica a composição 4’ 33, com os seus 3 movimentos. Não faz parte do CD. Será a influência da ironia de Satie? Ou apenas a manifestação da vanguarda ocidental, na sua máxima expressão? O silêncio ainda é, para Cage, uma nota, como dizia Yoko Ono.
O compositor americano John Cage (1912 - 1982) é um dos mais importantes da vanguarda do século XX. Foi aluno de Arnold Schoenberg e, a partir da inspiração deste, Cage desenha o seu próprio caminho artístico, o qual vai muito para além da música, tocando a poesia e as artes plásticas. Enquanto músico, parte de uma ideia central: a música é som e silêncio. O silêncio não está para além da música, mas no seu núcleo central. A peça 4’ 33 (embora a duração da interpretação seja livre) é composta apenas pelo silêncio.
Inventor do piano preparado, muitas das suas peças para este instrumento remetem para a influência de Erik Satie, embora a linguagem seja, pelo menos em aparência, menos irónica do que a de Satie e marcadamente mais mecânica. O mundo, e aqui refiro-me ao mundo sonoro ou à sonoridade do mundo, em que viveu Cage é muito diferente daquele em que viveu Satie. Há toda uma sonoridade trágica em Cage que não encontramos em Satie.
Faixas: 1 - Interview With John Cage (edited by Michele Porzio); 2 - Solo For Voice 2: With Simultaneous Performance Of Solo For Piano; 3 - Winter Music: Two Pianos Version; 4 - Ryoanji: for double bass and tape; 5 - Variations 1: bass flute version; 6 - Two: for flute and piano; 7 - Music For Amplified Toy Pianos
Graças ao YouTube, aqui fica a composição 4’ 33, com os seus 3 movimentos. Não faz parte do CD. Será a influência da ironia de Satie? Ou apenas a manifestação da vanguarda ocidental, na sua máxima expressão? O silêncio ainda é, para Cage, uma nota, como dizia Yoko Ono.
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