O videoclip e a cassete
Na entrevista de ontem, o primeiro-ministro instado a falar da educação veio, de novo, com a cassete das aulas de substituição. Perante o descalabro global do sector, descalabro fomentado pelo próprio governo, as aulas de substituição são agora a esfarrapada bandeira que Sócrates tem para propaganda. Mas não há aulas de substituição nem plano tecnológico que valham ao governo: na educação, as coisas pioraram drasticamente e cresceu uma cultura aberrante fundada na facilidade. A escola de Sócrates e de Lurdes Rodrigues é uma escola de faz de conta, um cenário de videoclip publicitário. Entre uns videoclips, vamos ter direito à repetição infinita da cassete.
1 comentário:
Assim defendo que no nosso país qualquer um pode ser professor; tenho também para mim que são poucos, desse enorme e saturado saco, que conseguirão, um dia, incutir a um jovem – de cultura efémera – a componente educacional, cultural e de cidadania.
Entendo acreditar que um professor – elemento de contágio cultural e educativo – deve, acima de tudo, ser uma pessoa dotada de cultura e saberes vastos! Dói-me a alma ao constatar que o argumento básico de qualquer um é que não devia leccionar numa outra área que não a sua… de lamentar está também o Governo que ao saber disso faz tonificar essa norma.
São dois pólos a medir forças… são dois pólos que se deveriam fundir e entrecruzar normativamente.
Há que fazer crêr aos pais que um papel, fundamental por sinal, faz parte deles. E no seio familiar reside também a solução...
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