Música para o fim-de-semana: Leos Janácek - String Quartets, n.ºs 1 & 2
Cheguei ao CD seleccionado através da leitura de Os Testamentos Traídos, de Milan Kundera. Esta obra de reflexão sobre a arte do romance é também uma reflexão sobre a arte da música. Os compositores Igor Stravinsky e Leos Janácek são objecto de análise sistemática. É neste âmbito que Kundera refere que a sua interpretação preferida dos String Quartets de Janácek era a editada pela Supraphon, mas na altura (início dos anos 90) não estava disponível em CD. Os tempos passam e a editora checa está a pôr cá fora o seu arquivo, na colecção Supraphon Archiv. À distância de um click, o marketplace da Amazon permitiu-me uma compra rápida e barata da obra.
Segundo Kundera, exprime-se nestes dois quators à cordes o carácter inovador do seu compatriota Leos Janácek (1854-1928). Alinha-o pelos grandes compositores que abriram o caminho da música contemporânea, embora muito menos conhecido do que Igor Stravinsky ou Arnold Schoenberg, devido à sua vida ter sempre decorrido num país periférico. Eis pois um CD para abrir o caminho para a audição da grande música do século XX, século tenebroso, mas também um século onde a grande arte teve um papel preponderante, mesmo se o grande público ficou do lado de fora. O excesso de luz não é para todos os olhos, é preciso habituá-los como ensina, não sem humor, Platão na Alegoria da Caverna.
As gravações feitas pelo Janácek Quartet são de 1963. O disco apresenta o String Quartet n.º 1, de 1923 e inspirado pelo Kreutzer Sonata, de L. Tolstoi, e o String Quartet n.º 2, Intimate Letters, de 1928. Como complemento, o CD inclui o String Quartet n.º 2 in D major, do compositor checo Vítezlav Novák (1870-1949). A gravação original é de 1957, ainda em mono.
O Janacek Quartet apresentava a seguinte formação: Jirí Trávnícek (1.º violino), Adolf Sýkora (2.º violino), Jirí Kratochvíl (viola) e Karel Krafka (violoncelo). O CD é de 2000.
O vídeo apresentado nada tem a ver com a obra. Apresenta um excerto da Sonfonieta (1926) de Janacek com umas imagens «decorativas» absolutamente kitsch que representam uma romantização de uma música que pretende cortar com o romantismo e o sentimentalismo. Mas enfim era o «cavia».
Segundo Kundera, exprime-se nestes dois quators à cordes o carácter inovador do seu compatriota Leos Janácek (1854-1928). Alinha-o pelos grandes compositores que abriram o caminho da música contemporânea, embora muito menos conhecido do que Igor Stravinsky ou Arnold Schoenberg, devido à sua vida ter sempre decorrido num país periférico. Eis pois um CD para abrir o caminho para a audição da grande música do século XX, século tenebroso, mas também um século onde a grande arte teve um papel preponderante, mesmo se o grande público ficou do lado de fora. O excesso de luz não é para todos os olhos, é preciso habituá-los como ensina, não sem humor, Platão na Alegoria da Caverna.
As gravações feitas pelo Janácek Quartet são de 1963. O disco apresenta o String Quartet n.º 1, de 1923 e inspirado pelo Kreutzer Sonata, de L. Tolstoi, e o String Quartet n.º 2, Intimate Letters, de 1928. Como complemento, o CD inclui o String Quartet n.º 2 in D major, do compositor checo Vítezlav Novák (1870-1949). A gravação original é de 1957, ainda em mono.
O Janacek Quartet apresentava a seguinte formação: Jirí Trávnícek (1.º violino), Adolf Sýkora (2.º violino), Jirí Kratochvíl (viola) e Karel Krafka (violoncelo). O CD é de 2000.
O vídeo apresentado nada tem a ver com a obra. Apresenta um excerto da Sonfonieta (1926) de Janacek com umas imagens «decorativas» absolutamente kitsch que representam uma romantização de uma música que pretende cortar com o romantismo e o sentimentalismo. Mas enfim era o «cavia».
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