O livro do entardecer 27
o excesso de azul no céu
fulgura a manhã que declina
e deixa que o brilho que te move
empalideça como a ilha de onde partimos
e a que não voltaremos
não preciso dessas confidências
basta-me estar sentado
e ver o tempo passar
no voo das gaivotas
cerra as pálpebras
há olhos a mais nos teus olhos
e eu já só sei as palavras
que me conduzem na cegueira
tudo se torna tão longe
a água que cai
a lua nova
o desejo que se esqueceu
de quanto desejou
3 comentários:
Publicar...publicar...publicar....
Obrigado, Maria, mas publicam-se coisas demais e às arvores não têm culpa. Quando chegar o tempo, se chegar, fá-lo-ei.
Abraço,
jcm
O.K...publicam-se coisas demais e demasiado más e as árvores não têm culpa! Porém, agora há...o kindle!Embora eu tenha tendência para preferir poesia inscrita nas árvores...Oxalá chegue esse tempo, o de publicar...poesia...nas árvores.
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