13/01/10

O livro do entardecer 18 - o filósofo

ao filósofo cabe-lhe a tarefa do infinito
sobre os seus ombros – como se fora um atlas –
repousa a negação de tudo o que acaba
e na flor não vê pétalas nem o fruto a vir
apenas a ideia que lá não está

cego pela luz do sem fim
caminha nesta terra sem pátria ou lar
e ali vai arguindo o arconte da humanidade –
dissolve os diurnos filhos da velha árvore
na névoa invisível do esconso meditar

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