Onde não há lugar algum, a névoa
Francis Picabia – Amanhecer na bruma – Monteguy – 1905
Onde não há lugar algum, a névoa
traz um restolhar de mãos
e em cada mão desenha-se uma árvore,
ou um ramo de água
ou uma folha a cair
sob a pálida luz que a bruma oculta.
Se fora uma paisagem de silêncio,
pintá-la-ia de cores nocturnas;
mas a madrugada só a escrevo
na tinta húmida de sangue
que adormece pelos dedos.
traz um restolhar de mãos
e em cada mão desenha-se uma árvore,
ou um ramo de água
ou uma folha a cair
sob a pálida luz que a bruma oculta.
Se fora uma paisagem de silêncio,
pintá-la-ia de cores nocturnas;
mas a madrugada só a escrevo
na tinta húmida de sangue
que adormece pelos dedos.
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