Abandonada à preguiça da tarde
Edgar Degas - Bather Stretched out on Floor (1886/88)
Abandonada à preguiça da tarde
escuta o silêncio que cobre a casa
e faz de cada pulsação um lírio tomado
pela ânsia do que não chega.
Fora noite ou um dia de Julho
e tudo brilharia naquela pele:
os seios, o ondulado ventre,
a esquiva face ou o baldio
que se abre no limiar do corpo.
Em tanta nudez se esconde o desejo:
uma mão que passa leve,
o suave ardor de uns lábios,
a carne mutável incendiada de azul
a cantar no fundo cobreado de um olhar.
escuta o silêncio que cobre a casa
e faz de cada pulsação um lírio tomado
pela ânsia do que não chega.
Fora noite ou um dia de Julho
e tudo brilharia naquela pele:
os seios, o ondulado ventre,
a esquiva face ou o baldio
que se abre no limiar do corpo.
Em tanta nudez se esconde o desejo:
uma mão que passa leve,
o suave ardor de uns lábios,
a carne mutável incendiada de azul
a cantar no fundo cobreado de um olhar.
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