06/11/08

O estado de excepção

A Madeira sempre foi, no regime democrático, um sítio onde as leis da república e as regras de comportamento dos políticos derivavam de uma assaz curiosa interpretação da realidade. Agora, um deputado regional, pertencente a um partido de que ninguém consegue descodificar as siglas, decidiu, talvez em desespero de causa ou por falta de imaginação, mimosear a maioria de Jardim com o epíteto de fascista e brandir, como quem brande um cacete, uma bandeira nazi. Enfim, uma garotice, ao que a maioria respondeu com outra, proibindo o heróico PND de entrar no parlamento. No fundo, estão todos bem uns para os outros. Se a vida política do continente mais parece uma quarta-feira de cinzas, na Madeira o Carnaval não tem fim. É o verdadeiro estado de excepção.

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