09/11/08

Alfredo Barroso - Bafio antidemocrátio


O PROBLEMA desta ministra da Educação, para além do óbvio autismo que a imobiliza e a suspende no tempo, é o seu profundo desprezo pelos professores, pelos sindicatos, pelos partidos políticos e pelo debate democrático. Em suma: por todos os que a contestam.

Quem a viu, ontem, nas televisões, a chispar ódio, a vomitar ressentimento e a destilar rancor por todos os poros, percebeu sem dificuldade que há nela algo de salazarento, como que um cheiro a bafio antidemocrático que nos faz recuar várias décadas, até ao tempo da outra senhora, em que prevalecia a ditadura do «quero, posso e mando».

O engº Sócrates que se ponha a pau. A manifesta incompetência política da drª Manuela Ferreira Leite é uma coisa, que pode favorecê-lo eleitoralmente. Outra, bem diferente, é a intolerável prepotência política da drª Maria de Lurdes Rodrigues, que pode estragar-lhe os cálculos eleitorais e, sobretudo, tramar o PS, lançando-o pelas ruas da amargura.
[Alfredo Barroso - Traço Grosso]

2 comentários:

Alice N. disse...

Eu sei que "quem vê caras não vê corações", mas,excepcionalmente, nesta foto está lá absolutamente TUDO... Nunca vi um rosto tão transparente!

Anónimo disse...

Não estou ligado à área da Educação / Ensino. Apenas sou pai e encarregado de educação.
Penso que, como em qualquer outra actividade, o trabalho dos professores tem que ser avaliado. Não me pronuncio sobre este ou outro modelo de avaliação dos professores porque é assunto que não conheço suficientemente, embora me pareça que o modelo actual seja demasiado complexo e burocrático.
Quero dizer que estou convicto de que é na Educação que estão os fundamentos da capacidade que a Humanidade terá para resolver qualquer desafio que se lhe venha a apresentar no futuro. Resumindo, a Escola deveria ter como objectivo dotar os futuros adultos de muito bons conhecimentos das humanidades e de ciências, fomentar o seu sentido crítico e perseverança, incutir-lhes a vontade de Aprender e Conhecer sempre mais, porque estas serão as ferramentas de que eles irão precisar para enfrentar a vida e para (tentar) resolver alguns dos problemas complexos e graves que nós e as gerações que nos precederam lhes vamos deixar em herança.
A Escola tem que ser exigente e através dessa exigência ser também persuasiva e desafiante.
Honestamente devo dizer que julgo que hoje a Escola é quase a antítese daquilo que acho que devia ser. A começar pelo papel que quase todos exigem que ela desempenhe, chamando a si responsabilidades que não são dela. A Escola tem que ser Escola e não, por exemplo, Família ou depósito de meninos.
No contexto específico da sua acção, à Escola deve ser permitido exigir responsabilidades sociais e cívicas aos seus alunos e respectivas famílias, para além das responsabilidades civis e outras, exigíveis pela sociedade de forma geral.
A "culpa" pela situação que a Escola vive é de nós todos. Basta ver como para ilustres figuras a preocupação nesta área fundamental é a de que forma o partido A ou o partido B pode ganhar ou perder votos!