A magna questão da avaliação de professores e o problema da face
Os espíritos andam agitados. Parece que há nova manifestação de professores contra actual forma de os avaliar. Nas escolas, os professores andam de reunião reunião, de papel em papel para dar conta do projecto da sua própria avaliação. Há, nesta comédia, uma coisa que toda a gente já percebeu: esta avaliação não tem pés nem cabeça. Uma coisa que desvia os docentes das suas funções reais é apenas um erro organizacional, que numa organização normal seria banido em três tempos. Quase que aposto que nem no ME se acredita no monstro. O único problema é o da face. Como poderá o governo aceitar as posições dos professores sem perder a face? Não pode. Meteu-se de tal maneira nisto, foi tão irracional que não tem qualquer espaço para recuar e encontrar uma solução razoável. Vítimas finais: alunos do ensino público. Mas não será mesmo isso que se quer?
2 comentários:
Sim. É precisamente isso que se quer. Acabar com o ensino público. Aquele que deveria ser o único a existir, com uma ou outra excepção para os mais religiosos, por exemplo, ensino privado em escolas católicas ou muçulmanas ou judaicas...Os Jesuítas teriam a minha preferência, primam pela excelência. Mas vivemos na era dos «privados», com «gestores» e «directores executivos». Serve aos novos ricos e a quem tem manias. O ideal seria um ensino público universal, de qualidade e gratuito até ao 12º, pelo menos. E em que o professor fosse «aquele que ensina» e o aluno «aquele que aprende» ou faz por isso. A propósito, há um filme a não perder e que aborda estes temas: Entre Les Murs, em português, A Turma. Imprescindível.
Eu acredito que o ME irá simplificar o modelo tal como fez o ano passado para os professores contratados, quando se aperceber que este não vai para a frente em muitas escolas.
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