Da origem do cansaço
Para dizer a verdade, este blogue anda um pouco preguiçoso. Pior do que a preguiça é o cansaço, para não dizer o desinteresse, das coisas do mundo. Não faltam motivos para escrever. O Obama ganhou as eleições, a dr.ª Ferreira Leite fez um acto de contrição, o pandemónio educativo, o estranho caso do BPN e a mais nova e original via - portuguesa, claro - para o socialismo, a recessão técnica na Alemanha (nem imaginam como eu gosto da expressão "recessão técnica"), o caso da Assembleia Regional da Madeira e o deputado do partido do senhor Monteiro, a queda do preço do petróleo, e, para animar a festa, aquele caso de um funcionário da EPUL, que reenviou para colegas de trabalho um email com um trocadilho com um cartaz eleitoral de Obama a apelar para não votar em branco, e que agora está ser alvo de um processo disciplinar visando o despedimento com justa causa. Como se vê motivos não faltam.
Mas serão mesmo motivantes estes motivos? A mim têm-me motivado pouco. É apenas o preenchimento do calendário da miséria e da indigência humana. No fundo, não há qualquer novidade. Só uma repetição infinita de tudo o que já sabemos sobre a humanidade. E esta repetição, por vezes, cansa.
2 comentários:
Tem razão, isto anda tudo uma grande chatice...não o blogue, mas «isto»...
Acho que vou beber um copo.
Têm razão. E já Salomão também tinha: "Nada de novo debaixo do Sol".
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