Ocidente & Oriente
O ESPÍRITO DO OCIDENTE - I
O pensamento que calcula faz cálculos. Faz cálculos com possibilidades continuamente novas, sempre com maiores perspectivas e simultaneamente mais económicas. O pensamento que calcula corre de oportunidade em oportunidade. O pensamento que calcula nunca pára, nunca chega a meditar. O pensamento que calcula não é um pensamento que medita, não é um pensamento que reflecte sobre o sentido que reina sobre tudo o que existe. (M. Heidegger)
O ESPÍRITO DO ORIENTE - I
O ser humano é uma criatura pensante, mas as suas grandes obras realizam-se quando ele não pensa nem calcula. Após longos anos de treino na arte do esquecimento-de-si, o objectivo é o de recuperar o «estádio de infância». Uma vez atingido, a pessoa pensa, embora não pensando. Pensa como a chuva que cai do céu; pensa como as vagas que se levantam no mar; pensa como as estrelas que iluminam o céu nocturno; como a folhagem verde que rebenta sob a doçura da aragem primaveril. Na verdade, ele próprio é a chuva, as estrelas, o verde. (D. T. Suzuki)
O ESPÍRITO DO OCIDENTE – II
Por outro lado, qualquer pessoa pode seguir caminhos de reflexão à sua maneira e dentro dos seus limites. Porquê? Porque o Homem é o ser que pensa, ou seja, que medita. Não precisamos portanto, de modo algum, de nos elevarmos às «regiões superiores» quando reflectimos. Basta demorarmo-nos junto do que está perto e meditarmos sobre o que está próximo: aquilo que diz respeito a cada um de nós, aqui e agora; neste pedaço de terra natal; agora, na presente hora universal. (M. Heidegger)
O ESPÍRITO DO ORIENTE – II
Um dos aspectos mais significativos na prática do tiro com arco – e em qualquer outra arte praticada no Japão e provavelmente noutros países do Extremo Oriente – é o facto de não ter quaisquer propósitos utilitários, nem se destinar à pura fruição estética. Na verdade, representa um exercício da consciência, com o objectivo de a pôr em contacto com a realidade última. Assim, não se pratica o tiro com arco no mero intuito de acertar no alvo, nem se maneja a espada com o fim de vencer o adversário; o bailarino não dança apenas para executar um movimento rítmico: acima de tudo pretende-se harmonizar o consciente com o inconsciente. (D. T. Suzuki)
O pensamento que calcula faz cálculos. Faz cálculos com possibilidades continuamente novas, sempre com maiores perspectivas e simultaneamente mais económicas. O pensamento que calcula corre de oportunidade em oportunidade. O pensamento que calcula nunca pára, nunca chega a meditar. O pensamento que calcula não é um pensamento que medita, não é um pensamento que reflecte sobre o sentido que reina sobre tudo o que existe. (M. Heidegger)
O ESPÍRITO DO ORIENTE - I
O ser humano é uma criatura pensante, mas as suas grandes obras realizam-se quando ele não pensa nem calcula. Após longos anos de treino na arte do esquecimento-de-si, o objectivo é o de recuperar o «estádio de infância». Uma vez atingido, a pessoa pensa, embora não pensando. Pensa como a chuva que cai do céu; pensa como as vagas que se levantam no mar; pensa como as estrelas que iluminam o céu nocturno; como a folhagem verde que rebenta sob a doçura da aragem primaveril. Na verdade, ele próprio é a chuva, as estrelas, o verde. (D. T. Suzuki)
O ESPÍRITO DO OCIDENTE – II
Por outro lado, qualquer pessoa pode seguir caminhos de reflexão à sua maneira e dentro dos seus limites. Porquê? Porque o Homem é o ser que pensa, ou seja, que medita. Não precisamos portanto, de modo algum, de nos elevarmos às «regiões superiores» quando reflectimos. Basta demorarmo-nos junto do que está perto e meditarmos sobre o que está próximo: aquilo que diz respeito a cada um de nós, aqui e agora; neste pedaço de terra natal; agora, na presente hora universal. (M. Heidegger)
O ESPÍRITO DO ORIENTE – II
Um dos aspectos mais significativos na prática do tiro com arco – e em qualquer outra arte praticada no Japão e provavelmente noutros países do Extremo Oriente – é o facto de não ter quaisquer propósitos utilitários, nem se destinar à pura fruição estética. Na verdade, representa um exercício da consciência, com o objectivo de a pôr em contacto com a realidade última. Assim, não se pratica o tiro com arco no mero intuito de acertar no alvo, nem se maneja a espada com o fim de vencer o adversário; o bailarino não dança apenas para executar um movimento rítmico: acima de tudo pretende-se harmonizar o consciente com o inconsciente. (D. T. Suzuki)
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