Cavaco e a Matemática
Ontem, sexta-feira, segundo a TSF, Cavaco Silva mostrou-se satisfeito com os resultados dos exames de Matemática, afirmando mesmo que a subida das médias é uma boa notícia. Como nada no mundo da política acontece por acaso, estas declarações de Cavaco Silva apenas podem significar uma coisa: um estender de mão a uma ministra que se tornou o símbolo da decadência do ensino em Portugal, num momento em que o país se ri à gargalhada com os resultados dos exames e provas aferidas de Matemática. Não é a primeira vez que o Presidente da República estende a mão a Maria de Lurdes Rodrigues. Este gesto tem uma arqueologia e tem também um significado muito sério para o futuro.
Do ponto de vista arqueológico, percebe-se a simpatia e a solidariedade de Cavaco para Maria de Lurdes Rodrigues. Ele sabe muito bem que o que ela está a pôr no terreno é a continuação da Reforma Roberto Carneiro, o seu ministro da Educação. Tudo o que de perigoso, para os alunos portugueses, estava contido naquela reforma está agora a ser posto no terreno com os resultados que os portugueses começam a perceber: prémio para a preguiça, incentivo para o desinteresse e a irresponsabilidade dos alunos e castigo para aqueles que querem trabalhar e esforçar-se, sejam alunos, sejam professores.
Mas Cavaco terá de perceber que se tornou, mais uma vez, co-responsável daquilo que vem aí. O que o Presidente da República disse ontem ao país é que não vale a pena o esforço, que o caminho que Portugal deve seguir é fingir que não existem dificuldades nem obstáculos. Cavaco caucionou, invocando inclusive o seu exemplo, aquilo que nem muitos dos mais acérrimos defensores da Ministra da Educação caucionaram: o ilusionismo que transforma Portugal de um país com uma difícil relação com a Matemática num país de matemáticos.
O apoio dado à Ministra da Educação por Cavaco Silva é também, e mais uma vez, uma afronta aos professores portugueses, fundamentalmente àqueles que acreditam que só há um caminho para o sucesso escolar: o trabalho duro, a disciplina e o rigor. É pena que Cavaco não queira para os alunos portugueses aquilo que o ajudou a triunfar na vida.
Do ponto de vista arqueológico, percebe-se a simpatia e a solidariedade de Cavaco para Maria de Lurdes Rodrigues. Ele sabe muito bem que o que ela está a pôr no terreno é a continuação da Reforma Roberto Carneiro, o seu ministro da Educação. Tudo o que de perigoso, para os alunos portugueses, estava contido naquela reforma está agora a ser posto no terreno com os resultados que os portugueses começam a perceber: prémio para a preguiça, incentivo para o desinteresse e a irresponsabilidade dos alunos e castigo para aqueles que querem trabalhar e esforçar-se, sejam alunos, sejam professores.
Mas Cavaco terá de perceber que se tornou, mais uma vez, co-responsável daquilo que vem aí. O que o Presidente da República disse ontem ao país é que não vale a pena o esforço, que o caminho que Portugal deve seguir é fingir que não existem dificuldades nem obstáculos. Cavaco caucionou, invocando inclusive o seu exemplo, aquilo que nem muitos dos mais acérrimos defensores da Ministra da Educação caucionaram: o ilusionismo que transforma Portugal de um país com uma difícil relação com a Matemática num país de matemáticos.
O apoio dado à Ministra da Educação por Cavaco Silva é também, e mais uma vez, uma afronta aos professores portugueses, fundamentalmente àqueles que acreditam que só há um caminho para o sucesso escolar: o trabalho duro, a disciplina e o rigor. É pena que Cavaco não queira para os alunos portugueses aquilo que o ajudou a triunfar na vida.
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