
Todos nós estamos de acordo que ninguém deve ser discriminado com base na raça, na religião ou na orientação sexual. Como achamos essas discriminações imorais aceitamos que sejam criminalizadas. É isto que se passa nos países europeus. O que não imaginamos nunca é a capacidade criativa da justiça ao fazer a hermenêutica da lei. Um pobre cartoonista amador holandês estará sob investigação durante os próximos três anos por suspeita de ter violado a lei holandesa que proíbe tais discriminações (
The Wall Street Journal). O que fez de mal este holandês? Uns cartoons que atingiam o Islão. É interessante como se torce a intencionalidade da lei. Uma coisa é perseguir judicialmente alguém que descrimina pessoas por serem muçulmanas, outra coisa é fazê-lo porque alguém que critica uma religião. No primeiro caso, o que a lei faz é defender a liberdade; no segundo, é atacá-la. Mas o mais importante neste caso é o caminho que a Europa está a seguir vergada ao medo da ira dos muçulmanos. A própria liberdade de expressão, que parecia ser o valor fundamental e inviolável do mundo ocidental, é agora drasticamente limitada. Isto não se passa apenas na Holanda. Os muçulmanos estão, a partir de uma estratégia de terror, a impor, nos países onde têm alguma expressão, uma nova forma de vida aos ocidentais. Não por acaso, é a liberdade o primeiro alvo da estratégia dos islamitas. Que aceitemos isto sem pestanejar mostra bem o grau de degradação que atingiu os nossos princípios.
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