Ao ler o
In Memorian, de Medeiros Ferreira, sobre o antigo dirigente e fundador do PPD, Jorge Sá Borges, apetece voltar à inocência da primeira juventude, e perguntar por que razão pessoas como ele não têm lugar na política portuguesa? Dirigente estudantil na crise académica de 1962, católico, advogado de sucesso, pessoa elegante. As intervenções políticas de Sá Borges eram, ainda segundo Medeiros Ferreira, informadas, inteligentes, conciliatórias. Foi também, para o antigo
renovador, o melhor ministro de Conselho de Ministros. Tudo isto no período quente do pós 25 de Abril. Hoje, salvas raras e honrosas excepções, resta uma gente funesta, cuja inteligência se mede pelas sondagens e a elegância, mesmo se composta por fatos caros e gravatas bem combinadas (coisa, aliás, rara), anda não muito longe da elegância do Zé Povinho do Bordalo.
Ao ler o In Memorian, de Medeiros Ferreira, sobre o antigo dirigente e fundador do PPD, Jorge Sá Borges, apetece voltar à inocência da primeira juventude, e perguntar por que razão pessoas como ele não têm lugar na política portuguesa? Dirigente estudantil na crise académica de 1962, católico, advogado de sucesso, pessoa elegante. As intervenções políticas de Sá Borges eram, ainda segundo Medeiros Ferreira, informadas, inteligentes, conciliatórias. Foi também, para o antigo renovador, o melhor ministro de Conselho de Ministros. Tudo isto no período quente do pós 25 de Abril. Hoje, salvas raras e honrosas excepções, resta uma gente funesta, cuja inteligência se mede pelas sondagens e a elegância, mesmo se composta por fatos caros e gravatas bem combinadas (coisa, aliás, rara), anda não muito longe da elegância do Zé Povinho do Bordalo.
1 comentário:
Cheguei à umas horas da cremação do meu pai. Obrigada pelas suas palavras. Fico feliz por sentir que, para muitos, a sua dedicação a este País não passou despercebida (confesso que me dá um certo alento...). Era sobretudo um homem honesto. Gostava que os meus filhos o recordassem também por isso.
Margarida Sá Borges
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