Estrangulado?
Eis um bom motivo para uma pessoa, que até compreende e aceita os princípios da regionalização, ser claramente contra o cumprimento desse infeliz desígnio da nossa constituição. Não por causa do futebol, claro, coisa que tem uma credibilidade a roçar o zero. Que o Porto, ou o Benfica, ou o Sporting ganhem ou percam é irrelevante. Mas a regionalização que poderia ser um princípio de desenvolvimento local, não seria mais do que o prolongamento desse universo obscuro que são os municípios, ao que se adicionaria temperamentos, estilos, desígnios, discursos e práticas como os que imperam na Madeira e nos Açores, para além das ânsias de centralização que ocorreriam logos nessas maravilhosas sedes regionais. Portugal afundar-se-ia irremissivelmente. Pinto da Costa diz que Portugal está estrangulado. É verdade. Com a regionalização, porém, além da corda central, mais cinco cordas regionais apertariam o pescoço do infeliz condenado. Como poderia ele respirar?
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