Impressões - XLIII
Joaquín Sorolla y Bastida, Alrededores de Segovia (1906)
inútil nomear o âmbar a opala a safira
inútil contar as pedras ceifar o cereal
inútil abrir as mãos para o ventoou dar a face para receber o açoite
guarda a faca no bolso da madrugada
e caminha para onde nasce o poente
não haverá um barco que te leve para longe
ou uma silhueta que te anuncie o fim
de margem em margem deixa a prisão
que teceste no linho que há em ti
muralhas de palavras no rumor da noite
escurecem-te a cegueira que nasce de mim
Sem comentários:
Enviar um comentário