11/11/09

De rastos



Por que temos todos a impressão, talvez a certeza, de que a Justiça, nesta embrulhada das escutas telefónicas e das certidões judiciais, vai sair, aos olhos da opinião pública, mais uma vez de rastos? Se alguém quisesse destruir a independência do Poder Judicial, e mostrar a inanidade do princípio, não faria melhor do que a Justiça portuguesa faz. É provável que Manuela Ferreira Leite tenha razão, e que o primeiro-ministro tenha o dever político de explicar aquilo em que foi escutado. Mas os responsáveis pela Justiça em Portugal não terão contas a prestar? Como é possível que tudo se discuta na praça pública? Como é possível o triste espectáculo a que assistimos?

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