Impressões - XXXVII
Stanislas Lépine, Le Port de Caen (1859)
regressamos sempre ao mesmo passado
a rosa que nos atormenta
com a ferocidade dos espinhosas buganvílias que vimos crescer
no porto da infância
aqueles barcos de pavilhão arvorado
à espera que o imperador regresse
e é sempre tudo em vão
o trabalho da flor sobre a água
os remos estendidos no barco
as velas que o vento já não sopra
os portos onde depositámos a infância
são agora desertos de areia e betão
iluminados por um sol frio
que tumultua as ruas onde ninguém passa
1 comentário:
...por essas ruas passa gente, passa, mas são fantasmas que permanecem à espera que o imperador regresse.
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