Pudera ver assim o céu azul
Van Gogh - Barcaças de carvão - 1888
Pudera ver assim o céu azul
e em cada partícula desse anil
saber o verde e o amarelo e o vermelho,
as mil cores que sobre a terra
a luz faz descer,
logo pintaria de branco as negras barcaças
e no lugar do carvão
levaria raparigas de saias largas
e cabelos ao vento.
Se as águas fossem bonançosas,
cantaríamos pela tarde fora
e eu beberia o vinho novo
que naqueles lábios o dia fermentou.
Se, sorrateira, a tempestade viesse,
armaria o velho cavalete
e onde o céu visse negro
o faria azul e no anil dos olhos
presos em mim eu provaria
o verde e o amarelo e o vermelho
que se escondem na noite sem fim.
e em cada partícula desse anil
saber o verde e o amarelo e o vermelho,
as mil cores que sobre a terra
a luz faz descer,
logo pintaria de branco as negras barcaças
e no lugar do carvão
levaria raparigas de saias largas
e cabelos ao vento.
Se as águas fossem bonançosas,
cantaríamos pela tarde fora
e eu beberia o vinho novo
que naqueles lábios o dia fermentou.
Se, sorrateira, a tempestade viesse,
armaria o velho cavalete
e onde o céu visse negro
o faria azul e no anil dos olhos
presos em mim eu provaria
o verde e o amarelo e o vermelho
que se escondem na noite sem fim.
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