Nacionalizemos, então
Afinal nacionalizar bancos não é uma coisa intrinsecamente má. Parece que os campeões da liberalização e do anti-estatismo se converteram às práticas gonçalvistas de 75. O que me faz rir, não porque seja adepto das nacionalizações, mas porque mostra a volubilidade dos homens e o ridículo que existe em todas as posições ideológicas extremas, sejam socialistas, sejam liberais. A maior parte das vezes, os protagonistas sociais, políticos e económicos deveriam pura e simplesmente estar calados. Os americanos que, na sequência da queda da União Soviética, lançaram um ataque impiedoso ao Estado providência, não têm agora pejo em armar o seu próprio Estado em deus benévolo que suprirá não a desgraça dos fracos, mas o desatino dos fortes. A humanidade desespera-me e dá-me vontade rir.
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