Onde está agora o triunfante corpo
Onde está agora o triunfante corpo
e a voz soberana que aos mortais tocava
e como uma faca de seda os feria
naquele lugar onde nasce toda a imperfeição?
O rosto ainda brilha, mas no curvado peso
já o abutre se anuncia, mesmo se a porta se fechou
e dentro de casa ainda arda o fogo,
talvez uma vela a cintilar de esperança.
É tudo tão preciso, quase geométrico,
as paredes, os móveis, a cadeira
que te suporta e o teu olhar para o infinito
como se quisesses ver o que te chama.
A mão não acena nem a boca canta
nem o teu nome cresce na alegria
que era ter vida e filhos e um campo
de lírios acesos durante a caminhada.
e a voz soberana que aos mortais tocava
e como uma faca de seda os feria
naquele lugar onde nasce toda a imperfeição?
O rosto ainda brilha, mas no curvado peso
já o abutre se anuncia, mesmo se a porta se fechou
e dentro de casa ainda arda o fogo,
talvez uma vela a cintilar de esperança.
É tudo tão preciso, quase geométrico,
as paredes, os móveis, a cadeira
que te suporta e o teu olhar para o infinito
como se quisesses ver o que te chama.
A mão não acena nem a boca canta
nem o teu nome cresce na alegria
que era ter vida e filhos e um campo
de lírios acesos durante a caminhada.
1 comentário:
Magnífico poema! Palavras que nos tocam e nos inquietam com a mesma intensidade com que o génio de Munch nos deslumbra e nos faz tremer a alma.
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