Não te sentaste em Trouville tão velada
Não te sentaste em Trouville tão velada,
mas comigo passeaste pela imprecisa areia,
e a cada momento esperámos que
Claude e Camille chegassem na elegância
daquelas dias, a morte os esquecera.
Havia um céu de chumbo e bandeiras ao vento,
e grupos de crianças corriam pela praia,
mas o tempo roubara os parcos veleiros
e nada cavalgava então as ondas,
talvez as nuvens enlouquecidas de Agosto
ou gaivotas desterradas ao frio do norte.
Foi aí que sorrimos um ao outro
e dissemos sim, também aqui amámos
e bebemos vinho e caminhámos para o mar.
Habitava-nos uma serpente de fogo
e éramos crianças tardias a descobrir o amor
nas areias onde Claude assim amou Camille.
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