Os que se vão embora
Manuel António Pina fala de A grande evasão. Refere-se ao pedido de reforma de muitos e muitos professores. Julgo que o Ministério de Educação está feliz com o acontecimento. É muito provável que haja quem pense que a eliminação da geração dos mais velhos, daqueles que ainda souberam o que é uma escola, amainará os ímpetos dos de meia-idade e deixará campo aberto aos jovens professores que, livres dessas ideias estapafúrdias de que a escola é um lugar de trabalho, que os professores devem ensinar e os alunos estudar, farão crescer, no terreno – acho que é assim que falam –, as luminosas ideias das mentes ministeriais, que nos hão-de conduzir ao Olimpo da ignorância e da insensatez. Na próxima sexta-feira, no Jornal Torrejano, também falaremos desses professores que se vão embora.
1 comentário:
Entendo-os bem, aos que se vão embora. Eu própria faria o mesmo, e o Jorge Carreira Maia que não considere isto uma alusão de espécie alguma ao facto de , tanto quanto sei, se manter a dar aulas. Mas, sendo de natureza impulsiva, se estivesse no ensino a esta hora, faria exactamente o mesmo.
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