Não és Eurídice, nem por ti
Edouard Manet - La amazona de frente - 1882
Não és Eurídice, nem por ti
Orfeu descerá aos infernos
ou fará tocar sobre a erva dos campos
a lira amena.
Cavalgas apenas
pela a pesada Terra
e marcas com os teus olhos de sombra
aqueles a quem a escuridão,
sonâmbulos,
já atormenta.
Não houve em teus lábios
mel, nem alguém
aí provou as bagas silvestres,
nem uma mão te tocou
o frágil seio, de onde
fugiu o coração.
Aos dedos cobres
para esconder o sangue
que em ti espreita
quando pela noite vais
sobre o velho alazão.
Anda, ó rainha da noite,
ergue uma bandeira sobre o altar
e deixa escrito o teu nome
para quem oiça
a sombra interminável
desse teu cavalgar.
Orfeu descerá aos infernos
ou fará tocar sobre a erva dos campos
a lira amena.
Cavalgas apenas
pela a pesada Terra
e marcas com os teus olhos de sombra
aqueles a quem a escuridão,
sonâmbulos,
já atormenta.
Não houve em teus lábios
mel, nem alguém
aí provou as bagas silvestres,
nem uma mão te tocou
o frágil seio, de onde
fugiu o coração.
Aos dedos cobres
para esconder o sangue
que em ti espreita
quando pela noite vais
sobre o velho alazão.
Anda, ó rainha da noite,
ergue uma bandeira sobre o altar
e deixa escrito o teu nome
para quem oiça
a sombra interminável
desse teu cavalgar.
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