Pão e Vinho, no Vale de Santarém
Não se iluda o leitor se, nestas Viagens na Minha Terra, se ouvir falar do Vale de Santarém. Não é da história da pobre Joaninha de olhos verdes que aqui se dá conta. Não é das paixões do coração que vamos falar, mas do prazer da mesa. Pois bem, nesse Vale de Santarém há um belíssimo restaurante que dá pelo poético nome de Pão e Vinho. Vai-se pela antiga estrada que liga Santarém a Lisboa, na rua José Matias Júnior 52, ali mesmo quando subimos em direcção ao Cartaxo. Um ambiente bastante tranquilo, numa casa antiga recuperada, discreta e orientada para o prazer da comida. O responsável é Luís Miravent e, talvez motivado por este nome de tonalidade francesa, a cozinha que apresenta tem, dentro da tradição nacional, um toque de leveza e distinção que faz lembrar a boa comida francesa.
Farto das diatribes da Ministra da Educação, dos seus acólitos e dos seus defensores na praça pública, lá decidi, ontem, matar as mágoas e reconfortar o ânimo. Nas entradas, conjugou-se os peixinhos-da-horta e as empadinhas de galinha (excelentes, isto é, suaves e cremosas, até para mim que não particular adepto da invenção). Depois, os filetes de garoupa acompanhados por um arroz de tomate (não há nada mais português) que, passadas tantas horas, ainda me faz(em) salivar. Nada de complicações, apenas um trabalho sábio a salientar o gosto que a natureza deu, tudo combinado segundo o princípio grego da justa medida. No prato de carne, optou-se por uma perdiz de escabeche acompanhada por batata palha. Também aqui o nada em excesso se fez sentir. O escabeche pode ser uma porta aberta para um «flop» culinário, mas, neste caso, apenas realçou a carne do pobre bicho. A batata estava como deve ser, fazendo-nos esquecer que é frita. Para terminar experimentou-se, a contento dos comensais, o crumble de maçã. A acompanhar, Diónisos, o travesso deus, segredou o nome de um tinto, Quinta do Falcão, Reserva de 2004, que cumpriu com a honra a sua missão, mostrando, mais uma vez, que o Ribatejo é terra de vinho, de bom vinho.
Farto das diatribes da Ministra da Educação, dos seus acólitos e dos seus defensores na praça pública, lá decidi, ontem, matar as mágoas e reconfortar o ânimo. Nas entradas, conjugou-se os peixinhos-da-horta e as empadinhas de galinha (excelentes, isto é, suaves e cremosas, até para mim que não particular adepto da invenção). Depois, os filetes de garoupa acompanhados por um arroz de tomate (não há nada mais português) que, passadas tantas horas, ainda me faz(em) salivar. Nada de complicações, apenas um trabalho sábio a salientar o gosto que a natureza deu, tudo combinado segundo o princípio grego da justa medida. No prato de carne, optou-se por uma perdiz de escabeche acompanhada por batata palha. Também aqui o nada em excesso se fez sentir. O escabeche pode ser uma porta aberta para um «flop» culinário, mas, neste caso, apenas realçou a carne do pobre bicho. A batata estava como deve ser, fazendo-nos esquecer que é frita. Para terminar experimentou-se, a contento dos comensais, o crumble de maçã. A acompanhar, Diónisos, o travesso deus, segredou o nome de um tinto, Quinta do Falcão, Reserva de 2004, que cumpriu com a honra a sua missão, mostrando, mais uma vez, que o Ribatejo é terra de vinho, de bom vinho.
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